FLORIDA CHRISTIAN UNIVESITY
CAMPUS
UNIFUTURO
NÚCLEO NORDESTE
MESTRADO EM
EDUCAÇÃO
Professora: Doutora Inez Borges
Disciplina: Educação Global
O
QUE É A CIÊNCIA SEM A MORAL?
QUIXADÁ-
CE
2014
O
que é a ciência sem moral?
1-
Introdução
Discutir e aplicar a moral e a
ciência educacional nos dias de hoje, nos parece ser um missão quase
impossível, haja vista que estamos vivendo uma profunda revolução cultural, onde
o crescimento da ciência e o modernismo
cultural interfere decisivamente no currículo escolar, chegando promover mudanças e reformas que se não forem
acompanhada da “ética moral”, não valerá apena.
Esse
texto é mais que um convite à reflexão da pratica docente, pois o mesmo
sugere a busca do discernimento das teorias
filosóficas que dão sustentação a sua pratica. Para tanto, discute-se
alguns problemas relacionados a educação, bem como
os efeitos da ciência sem moral na formação do cidadão. Neste sentido questiona-se
com os leitores, de que vale a ciência se não estudada e aprofundada em suas
bases originais? Preconiza-se, portanto
que a omissão
e a repulsa aos princípios cristãos no âmbito educacional tornam-se órgãos
geradores da problemática em questão; A
problemática aqui levantada refere-se a uma revolução pedagógica que mesmo sem
ter consciência plena do que se trata
fazemos parte dela já que está sistematizados a um plano de governo
mundial.
Para fundamentar e dar embasamento
teórico ao assunto aqui discutido tomamos por base as obras Maquiavel
pedagógico de Pascoal Bernardin. A conjectura entre este texto e a obra citada, chama atenção dos educadores
para a revolução que estamos adentrando,
revolução esta, que venho aqui chama-la de ciência escolar, e que tem como principal
objetivo impor uma ética voltada para a
criação de uma nova sociedade e estabelecer uma sociedade intercultural, sem
sequer nos dar explicações e sem questionar conosco, apenas impõem e adestra os
cidadãos á segui-la.
Portanto, considera-se que o sistema
educacional vigente desenvolve, implanta “ciência sem moral”, pois da maneira
como esta sendo implantada essa nova ética, deixa claro que sua intenção é criar uma escola sem nenhum principio
cristão, fortalecer o ateísmo moral e religioso, e o sistema comunista.
2
- Desenvolvimento
Para uma
compreensão mais aprofundada e critica das concepções citadas, buscou-se
compreender e descrever o que é a “ciência e a ética’’ na perspectiva
educacional. Recorrendo ao dicionário da
Língua Portuguesa, descobrimos que “ética” é a parte da filosofia que estuda os
deveres do homem para com Deus e a sociedade, é o que se pode chamar de Ciência da Moral. E que ciências é um conjunto de conhecimentos fundados sobre
princípios certos, é saber, é
instrução e conhecimentos vastos.
Mas se pararmos para analisar
a politica educacional de hoje, percebe-se que que a ciência tal qual esta
sendo imposta a sociedade contemporânea, possivelmente trará os resultados desejados aos padrões de
qualidade exigido pelo MEC e pela UNESCO, mas será que atenderá às
necessidades do século em que vivemos? Será
que nossa educação seria aprovada pelo código de ética e seria capaz de formar
um cidadão em toda sua plenitude?
Ressalta-se,
que são inúmeras as questões sociais que
influenciam o ato de ensinar e aprender. E é de suma importância que a
sociedade compreenda que as ciências pedagogias
contemporâneas, propõem a valorização
dos interesses e as motivações pessoais como ponto de partida de todo o
processo educativo. Entretanto, é bom que se saiba que essa politica
educacional não é neutra, e seus principal objetivo é maquiar a consolidação em
massa do regime comunista, conforme afirma Pascoal Bernardin
(p:6)
A nova ética
não é outra coisa se não uma sofisticada reapresentação da utopia comunista. O estudo dos documentos em que tal ética está
definida não deixa margem a qual quer dúvida: sob o manto da ética, e sustenta
da por uma retórica e por uma dialética frequentemente notáveis, encontra-se a
ideologia comunista, da qual apenas a aparência e os modos de ação foram
modificados.
Lógico
que não é apenas a escola a responsável
pela educação moral das pessoas, mas o que chama atenção nesta revolução educacional é que o Estado
tem tomado para sí essa responsabilidade, usurpando a autoridade dos pais na
formação da personalidade de seus filhos. Enfim o estado vem dominando os
conhecimentos que deveriam ser repassado pelas escolas, pelas famílias, pelas
igrejas e pela própria mídia. E assim
vem ganhando espaço para manipular as informações e por fim adestrar as
pessoas para lhes servir sem questionar.
Desta
forma vive a sociedade, uma geração pouco pensante, que
vive um mundo plugado, tendo uma vida virtual ativa, mas sem perceber a
realidade que lhes rodeia. Os conceitos
morais e éticos parece se tornarem ridículos aos olhos da nova geração, todos
conceitos de vida passam a ser banalizados se não estiverem condizentes ao
que a mídia sugere. E assim, tanto a escola quanto as famílias que
deveriam ser o espaço ideal para
promover a vivência de valores éticos para
que tornem a humanidade melhor, tem sido omissa, deixando que o estado cumpra
uma missão que jamais lhe deveria ter sido outorgada, e este por sua vez deixa
que as coisas aconteçam por acaso, como se as crianças desde pequena soubesse o
que é melhor para sua formação social e intelectual.
É lamentável perceber que muitos professores abandonam seus conhecimentos
já construídos, por que alguém os julga tradicionais (velhos) e arriscam tudo
em nome do construtivismo. Não
pretende-se aqui condenar ou desmerecer o construtivismo, mas chamar atenção de
alguns educadores, que na maioria das
vezes se comportam como marionetes do sistema educacional brasileiro. Tal
postura nos faz concordar com o que já
dizia o saudoso poeta contemporâneo Plauto Araújo (2011.P:14):
Sepulcros caiados que formam
hipócritas sociais Fantoches que não podem exprimir seus sentimentos Que só
podem fingir que está tudo bem, cinicamente. Pra não ser traidor do sistema,
enquanto trai a si. Palhaços sem graça, inquisidores de mentes neófitas.
Marionetes do sistema globalizado do diabo Seres assombrados e vítimas de seus
fuxicos Réus de eterno julgamento de delinqüentes juvenis Transformados em
objetos de constantes avaliações Privados de autonomia por estarem acorrentados
E assim rastreados por ditadores tiranos e cruéis.
Para não serrem taxados de arcaicos e tradicionais,
títulos que lhes parece um insulto, vemos nossos professores apostarem tudo no
construtivismo e nas demais teorias que lhes sejam apresentadas.
Assim, em busca do “novo, de modismos’’ abrem mão das formas que
dominavam e ficam sem saber o que fazer. E por não saberem como agir diante das
novas teorias que lhes são impostas, assumem uma postura espontaneísta, a
espera que as coisas aconteçam por sí só.
É
lógico que o professor não deve ser visto como um semi deus, pois
ele sozinho não poderá ser a mudança que o mundo necessita, mas também não pode
negar que cabe à ele assumir o papel de parceiro no processo de
aprendizagem e formação do aluno. Acredita-se que um bom professor é capaz de influenciar de forma decisiva na qualidade
do ensino e nas relações interpessoais e culturais que se estabelecem a partir
da escola. Nessa concepção, a questão da educação não poderá ser compreendida
de maneira mecânica, desvinculada das relações entre escola e realidade
histórica, pois essa relação dialética será a busca e a aplicação dos
conhecimentos apreendidos sobre a realidade no sentido de transformá-la.
Portanto, se faz necessário estar atento as novas teorias, mas sem desprezar os
saberes adquiridos, pois o
aprofundamento crítico do conhecimento permite ver a fragilidade e ou eficácia
dos pilares em que se funda.
Após a exibição dos vídeos e dos
textos sugeridos nessa disciplina, a ciência passa a ser entendida
como o conhecimento da realidade
concreta que é fruto de múltiplas determinações e que deverá fundamentar a práxis, pela ação transformadora e não
apenas pela necessidade de cumprir a burocracia curricular. A ética
educacional, conduz a virtude, mostrando
que o bem é a afirmação da vida e da espécie humana. Entende-se ainda que a
consciência moral se desenvolve na medida em que assumimos a responsabilidade
das nossas ações; porém, o conjunto de princípios e valores é transmitido pela
cultura, variando no tempo e no espaço.
Mas, onde está a ética, moral de uma ciência que tem como aspectos
primordiais a quebra de paradigmas,
como a troca de conhecimentos na relação ensino- aprendizagem, a liberdade de
a criança decidir sobre o que quer estudar, criando assim seu próprio
currículo? Será que a escola realmente considera que a criança saiba o que de
fato é importante e necessário para sua formação? Ou atitudes como estas são
estimuladas apenas para minimizar
autoridade e o saber do professor, transformando-o em
“educador-educando?’ Haveria aí uma segunda intenção?
Na percepção Freiriana, professores
e alunos devem produzir novos conhecimentos a partir dos conteúdos impostos
pelos currículos escolares, desta feita, a escola consolida sua missão
de contribuir para a transformação da sociedade, propiciando a aquisição
do saber sistematizado (ciência), tido como instrumento fundamental de
libertação da humanidade.
3. Conclusão
Ao aprofundar um
pouco mais os estudos acerca dos princípios éticos e morais na educação não foi
difícil perceber que os princípios do cristianismo sempre fizeram parte da
estruturação das nações. Entende-se também que a bíblia sagrada Bíblia sempre
foi percebida como um livro de princípios de vida, tanto pessoal quanto
comunitária. Segundo Inez Borges (2013) dela
emanaram regras governamentais para todas as áreas da vida, quer seja o Antigo
Testamento para o povo hebreu quanto Antigo e Novo Testamentos juntos em
relação aos cristãos em diferentes geografias e momentos históricos. Como,
pois agora em nome da laicidade do estado a bíblia passa a ser tão
menosprezada? Quais princípios a escola adota se foram retiradas do currículo
escolar as matérias de religião? Ao
invés de preservarem os princípios cristãos, induzem o ateísmo na escola. Esta
atitude é lamentável, pois certamente contribuirá para o fracasso de gerações,
pois como afirma Inez (2013) as nações que desenvolveram sistemas de governo
com base nos princípios revelados na Bíblia tornaram-se referência para outras nações,
em termos de desenvolvimento de um estilo de vida mais digno da condição
humana. Conclui-se este texto com a
certeza de que não haverá Ética, Democracia, justiça social, igualdade, e nenhum tipo de “formação humana” propriamente dita, se não houver um
direcionamento das politicas educacionais aos princípios morais e cristãos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BERNARDIN, Pascal. Maquiavel
Pedagogo – ou o ministério da reforma psicológica. Campinas: Ecclesiae/
Vide Editorial/ CEDET Centro de Desenvolvimento Profissional e Tecnológico,
2013.
BORGES, Inez Augusto. OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS NA HISTÓRIA DAS NAÇÕES - Revista Primus
Vitam Nº 6 – 2º semestre de 2013 . Artigo
publicado em coletânea com o título de Um olhar sobre Ética e Cidadania.
Editora Mackenzie, 2002.
ARAÚJO, José Plauto. Alma
Sonâmbulas. Editora Visão Ulai. São Luis – Ma: 2011
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