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MARIA NOBRE - EDUCAÇÃO INFANTIL

domingo, 6 de novembro de 2016

Como as nossas crenças acerca da natureza e da natureza humana moldam a nossa politica, a nossa cultura e a nossa vida individual.

FLORIDA CHRISTIAN UNIVESITY
  CAMPUS UNIFUTURO
 NÚCLEO NORDESTE
 MESTRADO EM EDUCAÇÃO


Artigo:
Como as nossas crenças acerca da  natureza e da natureza humana moldam a nossa politica, a nossa cultura e a nossa vida individual.




Disciplina: Educação Global
Professor: Ricardo Monteiro
Aluna: Maria das Dores Nogueira Nobre Araújo
Mestrado em Educação – Polo Quixadá – Cé.







Como as nossas crenças acerca da  natureza e da natureza humana moldam a nossa politica, a nossa cultura e a nossa vida individual.



I – INTRODUÇAO

Abordar a relevância de nossas crenças no âmbito social, cultural e de vida pessoal requer mais que um simples hábito de escrever, haja vista que essa temática nos faz refletir a vida como ela é  e ou como deveria ser.  A dinâmica deste tema nos convida a sairmos a procura de nós mesmo para entendermos  sobre como lidamos com o estilo de vida individual e coletivo, social e histórico da pessoa humana, e tem como principal objetivo   refletir além dos nossos valores, a ética e pensamentos complexos.  
Esse dinamismo de vida  gera a necessidade de um novo modo de crer e atuar na sociedade. Por isso não basta mais que o homem apenas preserve suas crenças, a necessidade exige de nós, que sejamos exímios engenheiros de ideias, e sendo o ser humano um pensante nato, devemos  ressignificar  nossas crenças  sempre que necessário, e assim atuar cada vez melhor na sociedade.
Para descrever a influência de nossas crenças sobre o estilo de vida que adotamos,  tomamos como referência a teoria da Aprendizagem Multifocal de Augusto Cury, pois esta  ajuda entender como o pensamento contribui para as mudanças relacionadas a historia e vida humana.

II – DESENVOLVIMENTO
Ao observar o estilo de vida  adotado pelas pessoas, percebe-se que este sempre trará resquícios das crenças  e valores em que foram criadas, entretanto o homem jamais ficará fadado ás crenças de seus pais, haja visto que este tem uma capacidade de psicoadaptação incrível. E como diz Augusto Cury,  o homem pode se adaptar até mesmo , àquilo que mais rejeita
(....) o homem pode-se adaptar às maiores misérias sociais, às maiores injustiças e até à sua própria doença. 
(....) O fenômeno da psicoadaptação pode impulsionar a criatividade humana. Ele gera o tédio, a rotina e a solidão, perceptíveis ou imperceptíveis. Estes fazem com que o homem crie novas ideias para superá-las.  AUGUSTO CURY (2006P.303)
Este mundo moderno em que vivemos passa por muitas mudanças e não permite que vivamos na inercia ou alienados a crenças de nossos antepassados, pois a globalização  gera novas conceitos e estilos de  vida a ser analisadas antes de qualquer tomada de decisão.  Mas como afirma David Shenk,  qualquer ser humano (e até mesmo toda uma sociedade) pode mudar, pode se tornar mais inteligente se essa for uma exigência do meio.
Olhando   o caos politico, social e econômico em que vivemos, como não arde em nós o desejo de mudar?  Mudar os paradigmas sócios educacionais e políticos? O verdadeiro  engenheiro mental descrito por Augusto Cury certamente criará novas ideias para solucionar esse problemas.
É urgente e gritante a  necessidade de tanto a escola quanto a família rever seu modo de educar. Pois é fácil perceber que fomos educados e continuamos educados com um principal objetivo: Educar para a obediência, para a a subserviência.  Não estou querendo dizer que obedecer é atitude ruim e que deve ser abolido de nossas vidas tal atitude. O questionamento que faço é: obedecer a quem? A que? Por que e pra que?   O problema é que a obediência que é apregoada aos educando tem como principal objetivo de adestra-los para servir ao sistema capitalista  em que vivemos, no qual o mais humilde sempre deve servir ao mais afortunado, etc....
Entretanto  é chegada a hora de  compreender e  educar o homem numa perspectiva mais humanística, deixando de lado conceitos individualistas e preconceituosos, pouco edificante para a espécie humana.  É necessário  compreender  o processo de crescimento físico e intelectual do ser humano,  de repensar  as posturas e maneiras de educa-lo.  
Cabe, portanto à escola e a família romper com as  dicotomias entre o que se prega e o que se faz. Por que se fala tanto na paz mundial, mas não se educa para a paz e sim para competições que geram guerras, para a obediência e não para a criatividade e desejo de crescer e expandir-se?  Sabemos muito bem que um homem bom ou ruim, não se faz sozinho,  o mesmo é fruto de uma família, de uma escola, enfim da sociedade e das crenças em geral.
As crenças que foram herdadas de nossos pais, estarão sempre conosco, e é quase sempre por meio delas que nos comportamos diante das situações vividas.  Mesmo que seja necessário    reformularmos   tempos mais tarde, nossas crenças  sempre nos guiarão rumo ao sucesso ou ao fracasso. O sábio Salomão já acreditava nessa teoria, tanto é que escreveu “ensina a criança no caminho em que deves andar, pois quando estiver velho não esquecerás dele’’ (provérbios 22:6).   Acredita-se portanto, que o ser humano forma sua personalidade de acordo com os estímulos, ensinamento e cultura que vai angariando durante toda a vida,  principalmente na infância.
Entretanto, acredita-se que quando  necessário o homem é capaz de  reconstruir suas  crenças, embora o faça de forma tão lenta e inconsciente que  nem se dá  conta disso.  Isso acontece de acordo com as necessidades  impostas pelos contexto social e histórico em que vivemos, e graças a essa flexibilidade no pensamento e na postura humana rompemos barreiras culturais que nos foram imposta pelo estilo de vida que adotamos.   
Acreditamos que quando o homem começar a pensar como “espécie” e não como ser único, quando abrirmos mão do nosso egocentrismo, poderemos rever novos conceitos de vida, para beneficiar e preservar nossa espécie.  Se o homem quiser poderá realizar essa façanha e marcar sua historia, pois como afirma Augusto Cury   o homem é  um excelente construtor de ideias. 
Por ser um exímio engenheiro de ideias, o homem tem tendência para produzir ideias e pensamentos superficiais sobre os problemas existenciais, sobre as relações humanas, sobre os problemas sociopolíticos, sobre os fenômenos científicos e até sobre Deus, sem muita consciência crítica, sem muito respeito à própria inteligência, sem realizar uma análise crítica dos fundamentos que embasam seus julgamentos da interpretação, sem se colocar de maneira aberta e crítica no processo de observação e interpretação. (2006. P: 74 e 75).

Para vencermos as intempéries que vivemos, nossas crenças  nos levam a agir em busca da  sobrevivência humana mesmo sem a adequada consciência da dimensão evolutiva politica, social, financeira, religiosa e cultural.   Diante do exposto, acredita-se que o ser humana constrói suas crenças baseado em um contexto sócio cultural que tanto pode nos alienar  as situações vividas, como também pode  propiciar nossa criatividade para transformação do mundo.  Neste sentido concorda-se com  David Shenk (2011p.7) quando diz que:
A criação oferecida pelos pais faz diferença. Nós podemos fazer muito para incentivar nossos filhos a se tornarem bem-sucedidos, mas precisamos estar atentos a alguns erros importantes que devem ser evitados. 
(...) Não podemos deixar a tarefa de favorecer a grandeza nas mãos apenas dos genes e dos pais; estimular conquistas individuais é também dever da sociedade. Cada cultura deve se esforçar para promover valores que tragam à tona o melhor das pessoas.”

Diante do exposto é válido afirmar que nossas crenças são heranças de nossos pais.  Também podemos considera-las como  frutos das permanentes   remodelações da sociedade, e seus modelos de produção e transformação da vida econômica, política e cultural.


III – CONCLUSÃO
Para sobrevivermos  no mundo atual temos que nos adaptar a certos conceitos, certas situações que nem sempre concordávamos.  A necessidade de adaptação humana do ponto de vista social e histórico nos força a desenvolver novos paradigmas de vida, nos levar questionar, a duvidar, enfim nos leva a desenvolver uma mentalidade mais flexível.  E dentro deste dinamismo de vida que adotamos mesmo sem termos consciência,  nossas crenças sobre a natureza e a natureza humana moldam nosso estilo de vida, a ponto de nos fazer acreditar que   algo que hoje pode ser bom, manha poderá ser descartado caso não atenda mais as necessidades politica , culturais e individuais de sociedade civil.
Se percebermos que nossas crenças já  não contribuem mais para o bem da intrínseco da humanidade,  reformulemo-las, ou até mesmo nos desprendemos delas e  buscamos leis universais que permitam uma relação simples e bem definida de entre as causas e os efeitos das possíveis e necessárias mudanças. Logo chegamos a conclusão que é possível usar nossas crenças para catalisar e originar uma revolução das ideias em todas as áreas das sócios politicas, pedagógico e religiosas.


REFERÊNCIAS BIBLIÓGRAFICAS

CURY. Augusto Jorge. Inteligência multifocal: análise da construção dos pensamentos e da formação de pensadores/— 8. ed. rev. — São Paulo : Cultrix, 2006.


SHENK. David:  O GÊNIO EM TODOS NÓS:  Por que tudo que você ouviu falar sobre genética, talento e qi está errado. Tradução: Fabiano Morais. Rio de janeiro 2011
Editora Zahar  358p  

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