FLORIDA CHRISTIAN UNIVESITY
CAMPUS
UNIFUTURO
NÚCLEO NORDESTE
MESTRADO EM
EDUCAÇÃO
Artigo:
Como as nossas crenças acerca
da natureza e da natureza humana moldam a
nossa politica, a nossa cultura e a nossa vida individual.
Disciplina: Educação
Global
Professor: Ricardo
Monteiro
Aluna: Maria das Dores
Nogueira Nobre Araújo
Mestrado em Educação –
Polo Quixadá – Cé.
Como as nossas crenças acerca
da natureza e da natureza humana moldam a
nossa politica, a nossa cultura e a nossa vida individual.
I – INTRODUÇAO
Abordar a relevância de nossas crenças no âmbito
social, cultural e de vida pessoal requer mais que um simples hábito de
escrever, haja vista que essa temática nos faz refletir a vida como ela é e ou como deveria ser. A dinâmica deste tema nos convida a sairmos a
procura de nós mesmo para entendermos sobre como lidamos com o estilo de vida
individual e coletivo, social e histórico da pessoa humana, e tem como
principal objetivo refletir além dos nossos valores, a ética e
pensamentos complexos.
Esse dinamismo
de vida gera a necessidade de um novo
modo de crer e atuar na sociedade. Por isso
não basta mais que o homem apenas preserve suas crenças, a necessidade exige de
nós, que sejamos exímios engenheiros de ideias, e sendo o ser humano um
pensante nato, devemos
ressignificar nossas crenças sempre que necessário, e assim atuar cada vez
melhor na sociedade.
Para
descrever a influência de nossas crenças sobre o estilo de vida que
adotamos, tomamos como referência a
teoria da Aprendizagem Multifocal de Augusto Cury, pois esta ajuda entender como o pensamento contribui
para as mudanças relacionadas a historia e vida humana.
II –
DESENVOLVIMENTO
Ao observar
o estilo de vida adotado pelas pessoas, percebe-se
que este sempre trará resquícios das crenças
e valores em que foram criadas, entretanto o homem jamais ficará fadado
ás crenças de seus pais, haja visto que este
tem uma capacidade de psicoadaptação incrível. E como diz Augusto Cury, o homem pode se adaptar até mesmo , àquilo
que mais rejeita
(....) o homem pode-se adaptar às maiores misérias
sociais, às maiores injustiças e até à sua própria doença.
(....) O fenômeno da psicoadaptação pode impulsionar
a criatividade humana. Ele gera o tédio, a rotina e a solidão, perceptíveis ou
imperceptíveis. Estes fazem com que o homem crie novas ideias para superá-las. AUGUSTO CURY (2006P.303)
Este
mundo moderno em que vivemos passa por muitas mudanças e não permite que
vivamos na inercia ou alienados a crenças de nossos antepassados, pois a
globalização gera novas conceitos e
estilos de vida a ser analisadas antes
de qualquer tomada de decisão. Mas como afirma David
Shenk, qualquer ser humano (e até mesmo toda uma sociedade) pode mudar,
pode se tornar mais inteligente se essa for uma
exigência do meio.
Olhando o caos politico, social e econômico em que
vivemos, como não arde em nós o desejo de mudar? Mudar os paradigmas sócios educacionais e
políticos? O verdadeiro engenheiro
mental descrito por Augusto Cury certamente criará novas ideias para solucionar
esse problemas.
É urgente e gritante a necessidade de tanto a escola quanto a família
rever seu modo de educar. Pois é fácil perceber que fomos educados e continuamos
educados com um principal objetivo: Educar para a obediência, para a a
subserviência. Não estou querendo dizer
que obedecer é atitude ruim e que deve ser abolido de nossas vidas tal atitude.
O questionamento que faço é: obedecer a quem? A que? Por que e
pra que? O problema é que a obediência
que é apregoada aos educando tem como principal objetivo de adestra-los para
servir ao sistema capitalista em que
vivemos, no qual o mais humilde sempre deve servir ao mais afortunado, etc....
Entretanto
é chegada a hora de compreender e
educar o homem numa perspectiva mais humanística, deixando de lado
conceitos individualistas e preconceituosos, pouco edificante para a espécie
humana. É necessário compreender
o processo de crescimento físico e intelectual do ser humano, de repensar
as posturas e maneiras de educa-lo.
Cabe,
portanto à escola e a família romper com as
dicotomias entre o que se prega e o que se faz. Por que se fala tanto na paz
mundial, mas não se educa para a paz e sim para competições que geram guerras,
para a obediência e não para a criatividade e desejo de crescer e expandir-se? Sabemos muito bem que um homem bom ou ruim,
não se faz sozinho, o mesmo é fruto de
uma família, de uma escola, enfim da sociedade e das crenças em geral.
As crenças que foram herdadas de nossos pais,
estarão sempre conosco, e é quase sempre por meio delas que nos comportamos
diante das situações vividas. Mesmo que seja
necessário reformularmos tempos
mais tarde, nossas crenças sempre nos
guiarão rumo ao sucesso ou ao fracasso. O sábio Salomão já acreditava nessa
teoria, tanto é que escreveu “ensina a criança no caminho em que deves andar,
pois quando estiver velho não esquecerás dele’’ (provérbios 22:6). Acredita-se portanto, que o ser humano forma sua
personalidade de acordo com os estímulos, ensinamento e cultura que vai angariando
durante toda a vida, principalmente na
infância.
Entretanto,
acredita-se que quando necessário o
homem é capaz de reconstruir suas crenças, embora o faça de forma tão lenta e
inconsciente que nem se dá conta disso. Isso acontece de acordo com as
necessidades impostas pelos contexto
social e histórico em que vivemos, e graças a essa flexibilidade no pensamento
e na postura humana rompemos barreiras culturais que nos foram imposta pelo
estilo de vida que adotamos.
Acreditamos
que quando o homem começar a pensar como “espécie” e não como ser único, quando
abrirmos mão do nosso egocentrismo, poderemos rever novos conceitos de vida,
para beneficiar e preservar nossa espécie. Se o homem quiser poderá realizar essa façanha
e marcar sua historia, pois como afirma Augusto Cury o homem é
um excelente construtor
de ideias.
Por ser um exímio engenheiro de
ideias, o homem tem tendência para produzir ideias e pensamentos superficiais
sobre os problemas existenciais, sobre as relações humanas, sobre os problemas
sociopolíticos, sobre os fenômenos científicos e até sobre Deus, sem muita
consciência crítica, sem muito respeito à própria inteligência, sem realizar
uma análise crítica dos fundamentos que embasam seus julgamentos da
interpretação, sem se colocar de maneira aberta e crítica no processo de
observação e interpretação. (2006. P: 74 e 75).
Para vencermos as intempéries que vivemos, nossas crenças nos levam a agir em busca da sobrevivência humana mesmo sem a adequada
consciência da dimensão evolutiva politica, social, financeira, religiosa e
cultural. Diante do exposto, acredita-se que o ser
humana constrói suas crenças baseado em um contexto sócio cultural que tanto
pode nos alienar as situações vividas,
como também pode propiciar nossa criatividade
para transformação do mundo. Neste
sentido concorda-se com David Shenk
(2011p.7) quando diz que:
A criação oferecida pelos pais faz diferença. Nós
podemos fazer muito para incentivar nossos filhos a se tornarem bem-sucedidos,
mas precisamos estar atentos a alguns erros importantes que devem ser evitados.
(...) Não podemos deixar a tarefa de favorecer a
grandeza nas mãos apenas dos genes e dos pais; estimular conquistas individuais
é também dever da sociedade. Cada cultura deve se esforçar para promover
valores que tragam à tona o melhor das pessoas.”
Diante do exposto é válido afirmar que nossas
crenças são heranças de nossos pais. Também
podemos considera-las como frutos das
permanentes remodelações da sociedade,
e seus modelos de produção e transformação da vida econômica, política e
cultural.
III – CONCLUSÃO
Para sobrevivermos
no mundo atual temos que nos adaptar a certos conceitos, certas
situações que nem sempre concordávamos. A
necessidade de adaptação humana do ponto de vista social e histórico nos força
a desenvolver novos paradigmas de vida, nos levar questionar, a duvidar, enfim
nos leva a desenvolver uma mentalidade mais flexível. E dentro deste dinamismo de vida que adotamos
mesmo sem termos consciência, nossas
crenças sobre a natureza e a natureza humana moldam nosso estilo de vida, a
ponto de nos fazer acreditar que algo
que hoje pode ser bom, manha poderá ser descartado caso não atenda mais as
necessidades politica , culturais e individuais de sociedade civil.
Se percebermos que nossas crenças já não contribuem mais para o bem da intrínseco
da humanidade, reformulemo-las, ou até
mesmo nos desprendemos delas e buscamos
leis universais que permitam uma relação simples e bem definida de entre as
causas e os efeitos das possíveis e necessárias mudanças. Logo chegamos
a conclusão que é possível usar nossas crenças para catalisar e originar uma
revolução das ideias em todas as áreas das sócios politicas, pedagógico e
religiosas.
REFERÊNCIAS BIBLIÓGRAFICAS
CURY. Augusto Jorge. Inteligência multifocal: análise
da construção dos pensamentos e da formação de pensadores/— 8. ed. rev. — São
Paulo : Cultrix, 2006.
SHENK.
David: O GÊNIO EM TODOS NÓS: Por que tudo que você ouviu falar sobre
genética, talento e qi está errado. Tradução: Fabiano Morais. Rio de janeiro
2011
Editora Zahar 358p
Editora Zahar 358p
Nenhum comentário:
Postar um comentário