FLÓRIDA CHRISTIAN UNIVERSITY
UNIVERSIDADE LIVRE DO BRASIL
CAMPUS UNIFUTURO
NÚCLEO NORDESTE
MESTRADO
EM EDUCAÇÃO
MARIA DAS
DORES NOGUEIRA NOBRE ARAÚJO
Aprendizagem
depende de métodos avaliativos eficazes.
Pesquisas e Programas como PAIC e PNAIC que dão sustentação a praxe docente das
escolas públicas do estado do Ceará
mostram que nos dias atuais as técnicas e métodos de ensino relacionados
à leitura e escrita vêm enfrentando
várias dificuldades, haja vista que a prática do professor oscila entre métodos
construtivistas e tradicionais. Na
verdade essa alternância poderia ser
considerada positiva desde que fosse feita de modo planejado e com
entendimento. Mas, na realidade, como diz
(MEC 2012) o que se vê na escola é uma grande dicotomia entre o que se
diz e o que se faz, pois se ensina de forma construtiva mas ainda avalia de forma tradicional.
A escola do século XXI abriu mão do que sabia fazer: ensinar com base em concepções
tradicionais, e hoje muitos defendem o
construtivismo por puro modismo e sem
conhecimento algum. Dessa maneira a escola não consegue sequer alfabetizar os
alunos nas séries iniciais como mostram os resultados do SPAECE e SAEB (2014).
É
evidente que se tratando do processo de ensino – aprendizagem, não são apenas
as crianças que devem ser avaliadas. Brasil (2012, p:
8) sugere que se deve também avaliar o sistema de ensino, o currículo, a
escola, o professor e os próprios processos de avaliação. Mas, para tal, é preciso saber quais são os conhecimentos e
habilidades a serem ensinados e conhecer estratégias variadas de avaliação.
No inicio do ano
letivo já é de praxe os professores aplicarem em sala o teste das quatro
palavras e uma frase, estratégia
utilizada por Emília Ferreiro. Esta ação permite diagnosticar o nível inicial
de conhecimento dos alunos. Considera-se
ser esta uma avaliação construtivista,
haja vista que não se procura de fato criar mecanismos que elevem o
nível de conhecimento dos alunos que
apresentam maiores dificuldades no momento desta avaliação inicial.
Apropriando-se do pensamento de Emília Ferreiro e Ana Teberosky (2008), para
afirmar que a escrita é uma forma de representar aquilo
que é funcionalmente significativo, estabelecendo um sistema de regras
próprias. Para se aprender a escrever o indivíduo necessita conhecer o sistema
de regras da escrita e esse conhecimento acontece de forma gradual, e exige do
sujeito uma reflexão a respeito das características gerais da escrita, e não
apenas conhecer as famílias silábicas.
Para
que o aluno venha a ter sucesso em sala de aula, é preciso ir além do diagnóstico; é preciso que o professor saiba
quais são os conhecimentos e habilidades a serem ensinados e conheça também
outras estratégias variadas de avaliação. Nessas
circunstâncias FERREIRO e TEBEROSKY (2008 Pág. 288) sugerem
uma defesa ainda maior quanto a avaliação mediadora da escrita; sugerem que deixe
que as crianças escrevam, ainda que seja num sistema diferente do sistema
alfabético; deixem que escrevam, ainda que seja seu próprio sistema idiossincrático.
Dentro dessa concepção tal atitude não representa descaso com aluno, não, nem se trata de uma postura pedagógica
espontaneísta, mas possibilitar ao
aluno descobrir que seu sistema não é seu e para que encontre razões válidas
para substituir suas próprias hipóteses pelas hipóteses padrões da língua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
PACTO
NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
FERREIRO, Emília e
TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Artmed Editora. Porto Alegre.
1999. Reimpressão 2008
V
Ministério da Educação - Secretaria
da Educação Básica – SEB – Diretoria de apoio à gestão escolar. Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Avaliação no ciclo de
alfabetização: Reflexões e sugestões Brasília 2012
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