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MARIA NOBRE - EDUCAÇÃO INFANTIL

domingo, 6 de novembro de 2016

As emoções como pressuposto da aprendizagem e antídoto contra violência.

FLORIDA CHRISTIAN UNIVERSITY
UNIVERSIDADE LIVRE DO BRASIL
CAMPUS UNIFUTURO
NÚCLEO NORDESTE
                                           MESTRADO EM EDUCAÇÃO                                          






MARIA DAS DORES NOGUEIRA NOBRE ARAÚJO



Disciplina: Os códigos das emoções
Professor : Dr Glaúcio Figueredo






As emoções como pressuposto da aprendizagem e  antídoto contra violência.











QUIXADÁ- CE
2016

As emoções como pressuposto da aprendizagem e  antídoto contra violência.

1- INTRODUÇÃO.

            Não precisa ser um exper em educação para saber que a  escola é um espaço de dinãmico e heterogêneo, onde pemeiam diferentes valores, e intrinesco a esse valores está a afetividade, tema central de nossa discursão.
            É notório o quanto a afetividade tem conquistado  lugar de destaque nos campos de estudos, prova disso é que várias abordagens cientificas  enfatizam as interações sociais, destacando o papel determinante do outro no desenvolvimento e na constituição do indivíduo, entretanto, é lastimavel  o fato de que as escolas não tem tratado a temática com a devida relevância.
            E por considerar que esta prolemática seja de tão grande relevância para a formação humana e acadêmica, julga-se, necessário á qualquer prática docente, uma análise da relação estabelecida entre a afetividade e o processo de ensino e aprendizagem, já que  sua relação que está inteiramente ligada ao desenvolvimento do aluno.
                Este texto não assume o caráter pretencioso  de afirmar que nas escolas citadas a afetividade vem sendo trabalhada de maneira correta ou não; mas pretende-se  convocar ao professor / leitor a fazer  uma reflexão critica sobre a temática e por que não dizer sobre prática pedagógica. Discutiremos neste,  a relevância da afetividade no processo do desenvolvimento cognitivo do aluno, bem como as intempéries que a falta desta acarreta aos profissionais da educação.
            Acredita-se, portanto, que  por meio de leituras e reflexões criticas sobre o assunto, talvez se possa compreender,  quais são os princípios que poderiam elucidar as relações de reciprocidade entre educadores X educandos.   Por que a comunidade escolar reluta em  reconhecer a afetividade como elo natural  que liga as coisas mais distantes e as mais diferentes? Por que somos apáticos quanto  a afetividade no âmbito escolar,  como ela não fosse pressuposto de aprendizagem  e bem estar de todos?
            Para achar respostas a essa indagações convida-se  não só ao leitor, mas a todos os que fazem a Educação,  a refletirem sua prática e de acordo com a problemática apresentada, espera-se ainda que, sintam a urgente necessidade de uma reforma do ensino, haja vista  que o tema utrapassa o simples modismo teórico,  configurado-se assim, numa tendência na consolidação de teorias da aprendizagem que se baseiam numa visão mais integrada do ser humano.
            Os exemplos aqui citados,  relatam fatos reais, vivenciados em uma Escola de Ensino Fundamental da rede pública no município de Ibicuitinga, onde Eu, autora do texto leciono. Minha sala de aula e de mais três colegas (5º anos A,B, C e D) virou lócus da experiência aqui descrita, haja vista que nos dispomos a estudar a afetividade como pressuposto de aprendizagem, pois muito embora os estudos cientificos comprovem a eficacia da temática, há uma dicotomia muito grande entre as pesquisas cientificas e a prática  escolar.
             
             
                                                                                                           
2- DESENVOLVIMENTO.
            Estudos recentes levam-nos  á acreditar que a emotividade além de fazer parte do desenvolvimento cognitivo do ser humano,  desenvolve  um papel decisivo no âmbito total da sobrevivência da espécie humana. 
            Acredita-se que afetividade, assim como a inteligência, não aparece prontas e nem inabaláveis, mas evoluem ao longo do desenvolvimento: são construídas e se modificam de um período a outro, pois, à medida que o indivíduo se desenvolve, as necessidades afetivas se tornam cognitivas.
            Mas afinal, o que é afetividades? Qual a relação desta com a aprendizagem e com o corportamento em sociedade? Ferreira (1999, p. 62) afirma que afetividade é  “Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza”.   Diante dessa concepção é válido afirmar que aprendizagem e afetividade caminham juntas.         Concordamos que os sentimentos ternos de adesão pelo outro e a reação de agrado ajudam na relação entre as pessoas, de um modo geral, então por que a afetividade ainda nao é valorizada como deveria  em se tratando da relação professor aluno? Neste caso  a afetividade deveria ter  ainda maior relevância, uma vez que ajuda a atenuar o ranço de formalidade presente no cotdiano escolar.  
            Entretanto, a escola não está conseguindo  lidar com os conflitos comuns ao convívio humano.  Nao sabemos o que fazer frente á questões ligadas à afetividade algo que é intrinesco ás relações humanas. Por mais que sejam feitos estudos decorrente á esssa questão, o problema  permanece.  Será esta problemáica  resquicios de uma educação que por décadas priorizou a cognição como saber prioritário, desprezando assim, aspectos  humanitários?
            As torias de Wallon nos orientam a levar não só o corpo da criança mas também suas emoções para dentro da sala de aula, haja vista que as emoções têm papel preponderante no desenvolvimento humano. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino. Presume-se, ´portanto, que está mais que na hora de entendermos que o aluno não é só  cérebro, é corpo e sentimentos também.
            Ao refletirmos sobre  a relação entre a emoção e a aprendizagem cognitiva percebe-se que, tanto o professor quanto o aluno passam por momentos emocionais durante o processo de ensino e aprendizagem, e infelizmente o sentimento de  afetivadade no âmbito escolar  se confronta com uma estrutura pedagógica mesquinha que está baseada em um modelo de sociedade medíocre, que concebe toda a diversidade afetiva  de forma negativa, e finda desenvolvendo em sua prática uma pedagogia excludente.
            Basta observar os noticiários, documentários,  e até mesmo os discursos cotidiano de professores quer em seus locias de trabalho ou em momentos de formação, para se perceber o caos em que a escola públca brasileira esta submetida. Grande parte da comunidade escolar, nutrem pela escola sentimentos de desilusão e impotência diante de tantos problemas vivenciados,  um destes sentimentos, como ja dizia Como diz Maturana, (1999, p.23)  refere-se às relações eu-outro, a não aceitação do outro como um legítimo outro na convivência. Nos dias atuais, até parece que muitos dos pais de alunos se tornaram inimigos dos professores, e estes por sua vez, ainda enfrentam um outro dilema mais deprimente: se sentem amordaçados pelo sistema que lhes usurpou toda a “autoridade” em sala de aula e consequentemente viram vitimas de chantagem e até de violência por parte de alunos e seus familiares.
            Assim como nao é conveniente  apregoar um saber segmentado sob pena de  comprometer toda a formação acadêmica do aluno, também não é aceito que   o trabalho com as emoções  seja desestruturado, pois, abalará o comportamento de toda humanidade,  um exemplo disso é o índice de violência que tem aumentado em nossa sociedade, fazendo com que através da tecnologia usadas ao bel prazer de adultos e adolescentes imaturos, faça  surgir novas formas de violência tanto  em casa quanto na escola.
            Acredita-se que para enfrentar situações de conflito o professor tem que ser equilibrado emocionalmente na sala de aula, caso contrário, o mesmo torna-se refém dos problemas, e logo irá ceder aos caprichos da emoção.  Sabemos que isso não é tarefa fácil, mas o grande desafio do professor nos dias atuais  é manter o equilíbrio entre a razão e a emoção, tanto para o seu bem estar físico, social e cognitivo, quanto para o sucesso do aluno.  Ao  professor  não convém mostrar-se fraco diante dos seus alunos, pois o torna alvo fácil de ser atingido.
            A dimensão afetiva deve estar inserida no curriculo, na aprendizagem escolar e nos seus relacionamentos. Mas, por que não está? Será que há duvidas a este respeito, ou será necessário que se crie uma lei, pra fazer valer o que já é Lei? Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (Brasil,1997), apregoam o desenvolvimento de capacidades

 "de relações  interpessoais, cognitivas, afetivas, éticas, estéticas, ... para que o aluno possa dialogar de  maneira adequada com a comunidade, aprenda a respeitar e a ser respeitado, a escutar e ser escutado, a reivindicar seus direitos  e a cumprir seus deveres" (Brasil, 1997, p.46).

                As diretrizes concernentes à formação dos professores, preconizam que uma educação de "qualidade" deve desenvolver, nos aprendizes, diferentes capacidades "cognitivas, afetivas, físicas, éticas, estéticas, de inserção social e de relação interpessoal" (Brasil, 1999 p.25), entretanto, a afetividade foi descuidada por muito tempo, e infelizmente até hoje, não se vê zelo em relação a esta tematica na escola. Esse descaso resultou em alunos e professores frustrados, que se agridem em nome da auto defesa.
            Os  professores estão  vivenciando  uma violência nunca vista antes,  que vem viralizando e materializando-se através da cultura da violência, cultura esta, que se banaliza a cada dia.  A escola pública pede socorro, mas ninguém escuta.  Para Vera CANDAU (2000) essa turbulência  só perderá força quando houver transformações profundas em toda a sociedade. Precisamos resgatar sentimentos que hoje são tidos como ultrapassados ou fora de moda: Cordialidade, solidariedade e preocupação com o próximo não podem desaparecer.
            Como afirma  Tania Zagury ser professor é um ofício que, concomitantemente, apresenta dilemas e desafios. Dilemas, devido a muitos docentes encontrarem-se em situação embaraçosa, isto é, diante de, predominantemente, duas alternativas: abandonar a profissão, ou continuar no ofício de mestre, ambas difíceis ou inconvenientes, o que gera perplexidade, angústias; desafios, por causa das múltiplas provocações e demandas presentes no dia a dia da Educação formal, no cotidiano do Ensino.
’‘O professor hoje é refém! Refém da má qualidade de ensino que ele próprio recebeu. Refém do tempo de que necessita, mas de que não dispõe. Refém das pressões internas que sofre do sistema. Refém da própria consciência, que lhe revela sua impotência. Refém dos alunos, que hoje o enfrentam em muitos casos. Refém da família, que perdeu a autoridade sobre ao filhos. Refém da sociedade, que surpreende professores e gestores com medidas cautelares, mandados de segurança e processos [...].’‘ (Tania Zagury 206.p:197).


3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.

A habilidade emocional é o grande pilar da educação, e não é possível desenvolver habilidades cognitivas e de bom convivio social  sem trabalhar emoção. Aconselha-se ao professor que busque a  serenidade e a paciência, pois, mesmo em situações difíceis essas virtudes fazem parte da paz que tanto necessitamos.







REFERENCIAIS TEÓRICOS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.126p.


CANDAU, V. M. Cotidiano Escolar e Cultura(s): encontro e desencontros. In: CANDAU, V. M.(org.) Reinventar a Escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio XXI: o dicionário da Língua Portuguesa3 ed. Totalmente revista e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

MATURANA, Humberto. Emoções e Linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte: UFMG, 1999.
ZAGURY, T. O professor refém: para pais e professores entenderem por que fracassa a educação no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2006, 301p

WALLON, H. A evolução psicológica da criançaLisboa: Edições 70, 1968.

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