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MARIA NOBRE - EDUCAÇÃO INFANTIL

domingo, 6 de novembro de 2016

Compreendendo o funcionamento do cérebro e a aprendizagem da leitura

CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA NA  COMPREENSÃO DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA LEITURA.


 Maria das Dores Nogueira Nobre Araújo
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Este texto  pretende   estudar como o cérebro se comporta durante o processo de aprendizagem relacionado  à construção da leitura, haja vista ser este tema   uma das  principais inquietações dos professores alfabetizadores nestes últimos tempos.  
Elegeu-se como principal objetivo propiciar aos leitores a reflexão sobre a descoberta  do saber, como a criança aprende e do que necessita para efetivar as aprendizagens no campo da leitura, tornando-as significativas.
Para melhor compreensão do assunto, será feito uma conjectura entre o processo de construção da leitura e a ação do cérebro neste processo. Assim sendo,  a  neurociência será tomada como base deste estudo, pois esta  corrente filosófica nos permite  conferir, como funciona o cérebro e as estruturas que levam à aprendizagem.
Por entender que o nosso cérebro é o responsável pela forma como se processam as informações, se apreende os saberes e se  transformam as  conduta humanas, considera-se  necessário  que os educadores aprofundem os conhecimentos  acerca das contribuições das  neurociências  no processo de leitura. 
Se o papel primordial da escola é proporcionar aos alunos  oportunidades e orientação para aprendizagem significativa,  bem como aquisição de novos comportamento para que este venha atuar melhor no meio onde está inserido, não se pode menosprezar ou não interessar-se pelas descobertas das neurociências no campo da leitura e escrita,  haja vista que  relevantes estudos nesta área estão esclarecendo alguns dos mecanismos cerebrais responsáveis por funções mentais importantes na aprendizagem.
Ressalta-se porém,  que em momento algum este trabalho assumi  o papel pretensioso de propor uma nova pedagogia sugerindo mudanças à prática docente, entretanto,  pretende-se por  meio deste provar a eficácia de estratégias pedagógicas, que respeitam a forma como o cérebro funciona.   Considera-se assim que, o presente trabalho tem grande relevância para os leitores que aspiram  uma educação de qualidade, no que diz respeito ao processo de alfabetização e letramento,  pois o mesmo chama atenção do leitor / alfabetizador á repensar sua prática, a crer na importância da linguagem, repensar  os métodos de alfabetização e o ensino-aprendizagem da leitura.
Discutir   as  contribuições da neurociência no  processo de aprendizagem da leitura  requer uma investigação profunda, haja visto ser a temática ainda pouco estudada, e pelo fato de o próprio assunto ser por demais complexo   como afirma   PEREIRA, 2011, p.21  “A Neurociência é uma ciência nova que estuda o sistema nervoso central bem como a sua complexidade através de bases científicas.”  
Para que haja compreensão  do comportamento do organismo humano em relação a construção da leitura é mister  que  procure-se entender um pouco do sistema nervoso, haja vista ser nesta área que localizam-se as inteligências e os comandos físicos e psíquicos do corpo, situações essas, que são decisivas para o bem estar ou não do individuo em uma sociedade letrada e por que não dizer na escola  propriamente dito.
Diante das concepções expostas nos parágrafos anteriores, acredita-se, que não se pode investigar os  métodos de  Aprendizagem da leitura,  sem abordar  os  processos neurais, elos que se instituem, neurônios que se ligam gerando novas sinapses. Neste sentido, conceitua-se,  a  Aprendizagem, como sendo o mirabolante e complexo processo pelo qual o cérebro reage aos estímulos do ambiente, ativando sinapses (ligações entre os neurônios por onde passam os estímulos) e  tornando-as mais "intensas".  Ainda nesse contexto concorda-se com Vera Lucia Mietto 2009  quando afirma que a cada estímulo novo, a cada repetição de um comportamento que se deseja consolidar, existem circuitos que processam as informações, que serão prontamente concretizadas.
Dentro do  cérebro humano  estão guardados  as memórias, sentimentos, desejos, pensamentos, decisões....  e não é atoa que muitos o denominam  como sendo “o computador do nosso corpo”.  A partir dessas concepções percebe-se cada  vez mais  a importância de se ter conhecimentos  a cerca das  funções do cérebro humano pra que que possa desenvolver / sustentar uma pratica pedagógica flexível e eficiente, sem a qual   dificilmente se formará bons leitores.  
Mas, para que a escola tenha êxito neste sentido, se faz necessário compreender que a capacidade da leitura está associada a áreas especificas do cérebro. Daí a importância de entendermos a estrutura física o cérebro humano.
Pesquisas afirmam  que o cérebro humano tem dois hemisférios, e que o lado esquerdo é o responsável pelas aptidões de leitura, pelo uso da linguagem, nascimento de instruções, localização e de fatos, identificação de símbolos e escrita a mão.  Já o hemisfério do  lado direito,  é o responsável pelas habilidades de matemática, canto, musica, expressão artística,  criatividade, emoções e sentimentos.
É bem verdade  que a importância do hemisfério esquerdo na atividade da leitura em adultos já é conhecida desde o final do século XIX, e, ainda nestes  últimos anos vários estudos tem mostrado resultados na mesma direção, vejamos o que diz  Academia Brasileira de Ciências 2011. p 52 sobre o assunto:    
As estruturas neurais relacionadas a leitura estão distribuídas principalmente no hemisfério cerebral esquerdo, incluindo a região occipital, temporal posterior, giros angular e supramarginal do lobo parietal e o giro frontal inferior e estas áreas são ativadas em diferentes tipos de situações que ocorrem durante a leitura.

Dentro de uma visão  cientifica é valido afirmar que  o cérebro é o órgão da aprendizagem e  que ele  está relacionado a um conjunto de habilidades.  Mas para que se possa compreender o funcionamento do cérebro  a favor da leitura,  far-se-á aqui  uma descrição mais especifica  por meio de uma consulta / pesquisa sobre a anatomia e funções do cérebro humano, no http://www.todabiologia.com/anatomia/cerebro.htm. E a partir dessa consulta confirmam-se as definições e conceitos escritos nos parágrafos anteriores, e mais uma vez ressalta-se que o cérebro humano possui quatro áreas assim conceituadas: lobo frontal: localizada na parte frontal do crânio, responsável pelos movimentos voluntários e de suma importância para o estudo da personalidade e inteligência:  lobo parietal: localizado na parte posterior frontal, Possui uma área chamada somatossensória, responsável pela percepção de estímulos sensoriais que ocorrem através da epiderme ou órgãos internos; lobo temporal: possui uma área chamada córtex auditivo e esta diretamente ligada a audição; e ainda o lobo occipital: localizada na nuca  (parte de trás da cabeça), nele encontra-se o córtex visual, que recebe todas as informações captadas pelos olhos, portanto sua especialidade é a visão.
A neurociência   permite a compreensão do processo de aprendizagem nos circuitos neurais, partindo do estudo de um sistema nervoso central, conhecendo o funcionamento dos estímulos cerebrais, suas regiões, lobos, sulcos, reentrâncias tem sua função e real importância num trabalho em conjunto, onde cada um precisa e interage com o outro. Mais qual o papel e função de cada região cerebral?
O cérebro é dividido em quatro áreas conhecidas como: lobo frontal,  lobo parietal, lobo temporal e  lobo occipital
Nesse contexto, também há quem diga também que “Se uma pessoa não aprende da maneira como é ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que pode aprender”.
Nesse sentido, de suma importância que o professor repense sua pratica á luz da neurociência, buscando entender que cada individuo é único;  assim sendo, já  não se concebe mais uma  pratica mecânica e igual a todos os alunos.  Portanto,  é fundamental que o professor ajude ao aluno a perceber sua personalidade, tornando-o também responsável pelo ato de aprender a ler e escrever. 

    Ratey (2001) afirma  que
uma melhor compreensão de como o cérebro funciona proporcionará a todos nós um melhor domínio sobre quem somos e uma orientação sobre como podemos exercer um papel ativo na configuração de nossas vidas. (p. 15)





  REFERÊNCIAS
VARGAS, Rose de Pinho: O papel da emoção no neuroprocessamento da aprendizagem matemática – VI congresso internacional do ensino da matemática. ULBRA – Canoa – Rio Grande do Sul -  Brasil – 16, 17 e 18 de 2013.

GUERRA, Leonor Bezerra:  O diálogo entre a neurociência e a educação: da euforia aos desafios e possibilidades. Revista Interlocução, v.4, n.4, p.3-12, publicação semestral, junho/2011.



Aprender como aprender: otimização da aprendizagem FERNANDA ANTONIOLO HAMMES DE CARVALHO*MAGDA SUZANA NOVO** Momento, Rio Grande, 17: 45-55, 2004/2005. 53

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