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MARIA NOBRE - EDUCAÇÃO INFANTIL

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

PLANEJAMENTO E PRÁTICAS DA GESTÃO ESCOLAR

Para se compreender o importantíssimo papel do planejamento no âmbito escolar é imprescindível que nós gestores, busquemos compreender como o mesmo vem se desenvolvendo. Ao buscar compreender a historia do planejamento não só no contexto escolar, mas no mundo empresarial, haja visto ser a escola um empresa, podemos entender que o planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência superior ou mesmo de alguma instância externa à instituição. Porém, observando a realidade escolar do Instituto de Educação Infantil Areia Branca (uma das escolas na qual presto acessória pedagógica) percebo que o campo da administração da referida instituição não tem se preocupado tanto em compreender o Planejamento como mecanismo de mobilização e articulação dos diferentes sujeitos, segmentos e setores que constituem a escola e participam da mesma. Lamentavelmente resquícios , em boa medida, das marcas deixadas pelos modelos de organização do trabalho voltados, essencialmente, para a busca de uma maior produtividade, eficiência e eficácia da gestão e do funcionamento da escola ainda imperam na referida instituição pois, nota-se claramente que o formalismo e a burocratização do processo de planejamento, deixa sempre em segundos planos as ações e procedimentos participativos, de trabalho coletivo e do compromisso social, deixando comprometida a expectativa da gestão democrática escolar. Vemos portanto, que ainda falta a ser feito, para que o planejamento participativo, venha a exceder o planejamento tradicioanla e estratégico para que realmente se tenha gestão escolar democrática e de qualidade. Com base nos ensinamentos adquiridos na disciplina PLANEJAMENTO E PRÁTICAS DA GESTÃO ESCOLAR , detectamos no Instituto de Educação Infantil Areia Branca, cinco problemas que dizem respeito ao planejamento e avaliação escolar. Se apontamos problema é lógico que também iremos com muita modéstia e a luz dos conhecimentos adquiridos propor soluções e alternativas para que se possa orientar e subsidiar o trabalho escolar: 1°) O planejamento possui um caráter meramente técnico e instrumental; Como solução para este problema aconselha-se que os gestores encarem o PLANEJAMENTO com uma nova perspectiva, e nesta perspectiva, entendam a importância da participação coletiva e que esta participação coloca como condição fundamental para uma nova educação, uma nova escola, uma nova ordem social, uma participação que pressupõe e aponta para a construção coletiva da escola e da própria sociedade. Assim sendo o planejamento deverá trazer consigo, ainda, duas dimensões fundamentais: o trabalho coletivo e o compromisso com a transformação social. 2°) Está gravemente comprometida a perspectiva da gestão democrática escolar; Por não entenderem o real significado e importância do planejamento escolar tanto no que diz respeito a elaboração, execução e avaliação do mesmo, a democracia está comprometida no ambiente escolar. Como resquícios do problema citado anteriormente não há participação nem construção coletiva, mas como saída para este grande equívoco pegaremos a alternativa do problema anterior, no intuito de fazer-lhes entender que a gestão escolar democrática tem como pressuposto básico o planejamento participativo como concepção e modelo de planejamento. E este enquanto técnica de trabalho deve servir de base para a construção e para a realização do Projeto Político-Pedagógico da escola. Sendo, portanto o projeto Político Pedagógico elaborado no coletivo e com base na realidade, posto em prática e avaliado sistematicamente (pois é assim que deve ser) no coletivo, será portanto o grande norteador das ações escolares. Sendo este o eixo norteador das ações docentes e discentes, logo teremos a tão almejada e necessária gestão democrática escolar, pois as ações não nascerão de modelos prontos e nem do desejo de uma minoria e sim das necessidades de um todo. 3°) Nota-se também que a escola vem desempenhando o papel de instrumento de reprodução do modelo de sociedade dominante, reproduzindo no seu interior o individualismo, a fragmentação social e uma compreensão ingênua e pragmática da realidade, do conhecimento e do próprio homem. Será, portanto, sugerido que a escola desenvolva uma política educacional articulada com as transformações sociais e que busque ampliar seus conhecimentos no que diz respeito a uma nova compreensão e postura buscando como saber social a construção histórica para que seus sujeitos possam intervir com mais criticidade e equidade na sociedade moderna em que estão inseridos, pois só assim conceberá seus educandos e educadores como “homens” em sua totalidade. Como cidadãos de direitos e deveres. 4°) Lamentavelmente, o caráter educativo da escola parece residir apenas no espaço da sala de aula, e no repasse dos conteúdos; Será orientado por meio de oficinas, leitura teóricas e visita às práticas das professoras que o caráter educativo passe a residir nos processos de ensino e aprendizagem tanto por meio de atividades simples como das mais complexas, que se realizam no cotidiano escolar. Orientar-se no dia-a-dia por meio das atividades de rotina que a escola educa não apenas nos conteúdos que transmite. Será combinado como meta da escola que o processo de formação humana se desenvolverá também nos momentos e espaços de diálogo, de lazer, nas reuniões pedagógicas, na postura de seus atores, nas práticas e modelos de gestão vivenciados. Teremos como base para vencer esse desafio o compromisso com a transformação social colocando como horizonte a construção de uma sociedade mais justa, solidária e igualitária, e uma das tarefas dos gestores será contribuir para essa transformação. 5°) Um outro grande problema que detectei foi no que diz respeito a avaliação, pois está vem sendo é usada apenas para controlar a aprendizagem e o comportamento dos alunos e professores. Não é novidade para nós gestores e professores que os alunos não são iguais, não aprendem da mesma maneira e não realizam as coisas segundo um mesmo padrão. No entanto, a escola insiste em não aceitar as teorias sócios construtivistas e os ensinamentos teóricos de pesquisadores renomados como Gean Piaget, Levy Vygotsky e Henri Wallon, quando os mesmo são taxativos em informar e confirmar que não devemos tratar as crianças como sendo uniformes, e nem pressupor que todos assimilam a informação do mesmo modo. Parece ainda não estar claro para os professores do Instituto de Educação Infantil Areia Branca o quanto realmente as crianças diferem em termos da capacidade de aprender ou em termos de assimilação de conhecimentos, só fica evidente no cômputo das tarefas realizadas, em termos de rendimentos nos resultados das “tarefas realizadas segundo ordem das mestras”. Julgo portanto necessário que as professoras e diretoras da referida escola saibam quem duas avaliações: a institucional e a do projeto pedagógico, que acaba sendo a do momento de aprendizagem dos discentes pelos docentes e, não efetivamente do projeto pedagógico da escola. Será feito portanto estudos dirigidos a este respeito, com o intuito de fazê-las compreenderem que a avaliação deve ser de resultados do trabalho coletivo e de formação humana, não comparando para ranquear, mais para criar uma uniformidade básica de indicadores e metodologia institucional. Outro parâmetro é refletir sobre o que avaliar, por que avaliar e pra que avaliar. Assim sendo, saberão então que não só as crianças deverão ser avaliadas, mas a escola em todos seus segmentos. Será sugerido que se faça a aplicação dos Indicadores da Qualidade do Ensino e que para isto todos os membros e segmentos participem intensamente nos procedimentos de implementação e que, os resultados sejam utilizados para promover mudanças, construindo novos indicadores, legítimos e capazes de serem absorvidos pela comunidade escolar e não como ferramenta de punição ou premiação.

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